Improvisando

Experimentando uma nova forma de escrever: no improviso ao som de Supersonic do Oasis.

Foi uma escolha completamente consciente minha de me cercar de pessoas com personalidades artísticas. Admito que achei que ia ser muito inspirador, que ia me incentivar a ser criativa, que ia me dar assunto para qualquer coisa que eu quisesse escrever.
Todos os meus amigos são excêntricos: fotógrafos, pintores, escultores de areia, cartunistas, caricaturistas, músicos, poetas, cronistas, compositores, escritores... Até minha a anormal que eu divido o apartamento, Jessica, tem um book gigante de tirinhas.
Mas às vezes não é tão bom assim. Odeio admitir mas minha mãe tinha razão, artistas são difíceis de lidar. A criatividade em excesso faz com que seja difícil de acompanhar sua linha de raciocínio. Isso sem considerar os mais impulsivos, que acabam me levando a loucura (como por exemplo tirar fotos na praia vestida de japonesa com uma espada na mão na frente de um bando de pescadores). E tem vezes que é difícil conviver com os junkies e drug-addled, os alcoolatras inveterados, os fumantes compulsivos, os cafeine freaks e os suicidles.

Sim, viver com pessoas artísticas me inspira, me desafia diariamente, me dá material pra escrever, salva do tédio diariamente, me obrigada a estar sempre conhecendo coisas novas (e não me refiro a drogas) e sim, é muito bom. Se você tiver uma cabeça já feita. Se você simplesmente cair nesse mundo, acaba se perdendo. Se fechar os olhos por alguns segundos, tropeça. Mas não, não trocaria a minha vida por nada.

E com certeza nunca mais vou tentar improvisar ouvindo Oasis, não faz meu estilo.

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